O problema do número de médicos no Brasil

numero-de-medicos-no-brasil

Em 2020, o Brasil somou meio milhão de médicos. Essa afirmação é uma das questões levantadas no estudo Demografia Médica no Brasil 2020, feito pelo Conselho Federal de Medicina e pela Universidade de São Paulo.

Por mais que apresente um número altamente significativo, e que não promete recuar diante de tantas vagas e instituições de ensino abertas, isso não resolve outro grande problema: a má distribuição dos profissionais nos estados brasileiros.

Veja como isso impacta no mercado, na medicina e no atendimento aos pacientes.

O crescente número de médicos no Brasil

São 523.528 registros de médicos no Brasil em 2020, e uma razão de 2,38 médicos

por 1.000 habitantes. Para se ter uma real noção do crescente número de novos profissionais, de 2010 a 2019, foram mais de 170 mil novos médicos no país.

Um dos principais fatores para este cenário é, certamente, o número de vagas que surgem a cada ano, mediante abertura de novos cursos de medicina: foram16.836 vagas de graduação em medicina oferecidas em 2010 no Brasil e esse numero cresceu para 37.823 em 2020 (mais de 120% de aumento).

Ainda, pode-se citar os estudantes que fazem a faculdade em países vizinhos (que apresentam um processo seletivo de acesso menos concorrido) como na Argentina, e retornam para atuar no Brasil.

De forma mais ampla, o estudo aponta que “nos últimos 100 anos, o número de médicos no Brasil aumentou proporcionalmente cinco vezes mais que o número de habitantes”.

A distribuição desigual dos médicos

Além do alto volume de profissionais que são lançados no mercado médico a cada ano, existe outra questão: a distribuição destes profissionais no território nacional.

Enquanto o país tem razão média de 2,38 médicos a cada mil habitantes, a região Norte apresenta 1,30 médico e a Nordeste, 1,69 médico.

Neste cenário, o Pará e o Maranhão são os estados com as menores proporções. São índices consideravelmente inferiores quando comparados ao restante do Brasil, o que desfavorece a saúde da população local diretamente.

Em contrapartida, as regiões sudeste e centro-oeste apresentam os índices mais altos, de 3,15 e 2,74. Contudo, o destaque maior vai para o Distrito Federal, que conta com 5,11 médicos por mil habitantes.

Os impactos para todos

O alto número de médicos no Brasil e a má distribuição dos profissionais impactam em várias frentes, e o preparo dos médicos é um deles. A grande escala de instituições e vagas nos cursos de medicina faz com que a qualidade e exigência de ensino sofra variações entre as diferentes instituições. Assim, a qualidade da formação, o perfil e a trajetória profissional dos futuros médicos passam por adaptações, e novas ferramentas tecnológicas podem agregar habilidades ao atendimento médico.

As possibilidades da telemedicina

As ferramentas e novas possibilidades da telemedicina abrem portas para apoiar os profissionais neste mercado cada vez mais acelerado, competitivo, e com o crescente número de médicos no Brasil. Isso porque a tecnologia facilita o atendimento em locais que não há o especialista, fornece recursos para o atendimento médico, deixa processos mais ágeis e melhora a atuação do profissional.

Contudo, a telemedicina ainda precisa enfrentar barreiras. Para saber quais são as principais e como o mercado está reagindo a elas, leia o post “avaliando barreiras na adoção da telemedicina”.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

MUDE A FORMA DE DIAGNOSTICAR COM O ECGNOW.