Existe escape atrial?

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O termo escape é usado para identificar batimentos tardios, geralmente em virtude de algum distúrbio transitório da automaticidade das fibras miocárdicas responsáveis pelo ritmo cardíaco. (Clique aqui para saber mais). Essas ectopias podem ter origem nos átrios, no nó atrioventricular e nos ventrículos.

O batimento de escape atrial ocorre devido à inibição temporária do nó sinusal. Ocorre para suprir a ausência de atividade atrial e sua presença no traçado ocorre após o próximo batimento normal esperado.

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Figura 1: Tira de ECG de holter com 3 derivações. Ritmo sinusal e bloqueio atrioventricular de primeiro grau. Em destaque (verde) o batimento tardio denominado escape atrial: perceba a ocorrência após o próximo batimento esperado (marcações em azul) e a presença de onda P ectópica (círculo vermelho). O complexo QRS tem a mesma morfologia (estreito) dos batimentos sinusais.

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Figura 2: Extrassístole atrial isolada. Neste caso, o batimento ectópico ocorre antes do próximo batimento esperado.

 

Fique atento: para definir escape atrial é necessário que a onda P tenha morfologia diferente da do ritmo sinusal, caso contrário o batimento tardio poderá ser uma simples manifestação de arritmia sinusal respiratória (clique aqui para saber mais).

Até a próxima, pessoal.

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