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[socialpoll id=”2160298″ type=”set”][/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_accordion collapsible=”yes” disable_keyboard=”” active_tab=”false”][vc_accordion_tab title=”Clique aqui para saber a resposta correta”][vc_column_text css=”.vc_custom_1491511464476{margin-top: 20px !important;}”]RESPOSTA CORRETA: c
Logo de cara, dá para perceber que, morfologicamente, trata-se de um ECG dentro dos limites da normalidade. O que chama a atenção é o ritmo cardíaco.
É possível perceber a presença de ondas P nesse traçado. Contudo, também é fácil perceber que, ora a P está presente e é capaz de deflagrar o impulso para os ventrículos, ora está inaparente ou após o QRS e, portanto, não é a responsável por deflagrar a ativação dos ventrículos nesses batimentos. Vamos entender melhor como isso acontece:
Figura 1: Detalhe de DII longo evidencia a relação das ondas P com o complexo QRS.
As letras P destacam as ondas P visualizadas no traçado e os asteriscos destacam a posição das P não visualizadas, em virtude de serem concomitantes aos complexos QRS. Perceba que até o quarto batimento, as ondas P não conduzem o impulso para os ventrículos, que é despolarizado por estímulo concomitante gerado pelo nó AV (ritmo juncional). Por esse motivo, apresenta-se QRS estreito e com mesma morfologia do de origem sinusal. O quinto e o sexto batimentos são sinusais, ou seja, possuem onda P que conduz o QRS, com intervalo PR apropriado. Ou seja, foi a onda P que gerou o estímulo para os átrios, que seguiu pelo nó AV e, por fim, despolarizou os ventrículos.
O primeiro, o quarto e o sétimo batimentos também possuem onda P de origem sinusal. Aparecem poucos milissegundos antes (seta verde) ou depois (seta azul) do QRS e, portanto, não se correlacionam com a despolarização ventricular. E por que isso acontece?
O que vemos nesse traçado é o que chamamos de dissociação isorrítmica: átrios e ventrículos não apresentam relação fixa entre si, isto é, a despolarização dos ventrículos pode ocorrer sem relação com a ativação atrial. Assim, como as frequências são muito parecidas, ondas P e complexo QRS vão “andar juntos”, porém sem relação um com o outro. Até o momento em que, nesse traçado, o automatismo do nó sinusal aumenta e a frequência dos átrios passa a ser maior que a do ritmo juncional, capturando o batimento ventricular (quinto e sexto batimentos). O que determina a presença da dissociação isorrítmica neste caso é a ocorrência de arritmia sinusal respiratória associada ao automatismo elevado do nó AV.
Vale lembrar que apesar de estarem dissociados, não há bloqueio atrioventricular neste traçado. De novo, o que há é um automatismo acelerado do nó AV, que disputa com o nó sinusal o ritmo cardíaco.
Até a próxima, pessoal.[/vc_column_text][/vc_accordion_tab][/vc_accordion][/vc_column][/vc_row]