Comidas e bebidas ultraprocessadas associadas a cardiopatias e morte prematura

comidas-e-bebidas-ultraprocessadas-associadas-a-cardiopatias-e-morte-prematura

Fonte da Imagem: blogdivulgaciencia.wordpress.com

Você sabe o que são alimentos ultraprocessados?

O Ministério da Saúde os define como “formulações industriais feitas tipicamente com cinco ou mais ingredientes e, em geral, são pobres nutricionalmente e ricos em calorias, açúcares, gorduras, sal e aditivos químicos, com sabor realçado e maior prazo de validade”.

Esse tipo de alimento, infelizmente, compõe o cardápio diário de muitas pessoas aqui no ocidente. Entre 1990 e 2010, o seu consumo quase triplicou, passando de 11% para 32% das calorias diárias. A lista é grande, entre outros:

  • Biscoitos, sorvetes e guloseimas;
  • Bolos, cereais matinais e barras de cereais;
  • Sopas, macarrão e temperos “instantâneos”;
  • Salgadinhos “de pacote” e produtos congelados e prontos para o consumo (nuggets, pizzas, massas e afins);
  • Refrigerantes, sucos de caixinha, bebidas lácteas adoçadas e iogurte;
  • Produtos de panificação que possuem substâncias como gordura hidrogenada, açúcar e outros aditivos químicos.

Um recente editorial publicado no British Medical Journal discutiu dois estudos que demonstram que os alimentos ultraprocessados são responsáveis por uma aumento significativo na incidência de doenças e morte prematura.

Simplesmente, o consumo de 10% a mais de comidas e bebidas ultraprocessadas  pode levar ao aumento de 11 a 13% de doença coronariana e doença cerebrovascular ao longo de (apenas) pouco mais de cinco anos.

Em relação a mortalidade por todas as causas, aqueles que consumiram mais de quatro porções de comidas ultraprocessadas por dia tiveram probabilidade 62% maior de morrer em uma década, quando comparados com aqueles que comeram menos de duas porções ao dia.

Estudos anteriores já apontavam a correlação desse tipo de alimento com o mesmos desfechos, mas eles parecem não trazer o impacto necessário para a mudança da rotina alimentar diária.

Ao que parece – e como sempre em medicina -, mudanças no estilo de vida, incluindo a alimentação, são o grande desafio na prevenção e tratamento de doenças.

E você? Já mediu sua carga diária de alimentos ultraprocessados?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

MUDE A FORMA DE DIAGNOSTICAR COM O ECGNOW.