Complexos QRS. Você conhece a nomenclatura?

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Tipicamente, o complexo QRS é representado em um formato em que as ondas Q e S são menores que a onda R. Mas, na verdade, cada derivação tem a sua morfologia típica, com tamanhos e formatos de ondas diferentes.

Além disso, condições patológicas podem alterar o padrão convencional esperado em cada derivação, aumentando em muito a gama de possibilidades de representação gráfica da ativação ventricular, seja em uma região específica do ECG, seja de forma difusa.

Para entender melhor sobre os tipos de QRS, vamos lembrar as definições que cada uma das ondas que compõem esse segmento:

  • Onda Q: é a primeira deflexão negativa, ou seja, a primeira onda negativa do complexo.
  • Onda R: é a primeira onda positiva do complexo. Pode ser a única onda visível do QRS, ou seja, pode ou não ser precedida pela onda Q ou sucedida ou não pela onda S – você vai entender melhor isso adiante.
  • Onda S: é qualquer onda negativa após a primeira, segunda e terceira onda positiva do QRS – calma, isso você também já vai entender.

Lembrando que o complexo QRS pode ser polifásico, isto é, apresentar diversas deflexões negativas e positivas, é importante saber que a nomenclatura utilizada para a caracterização dessas ondas segue o seguinte padrão:

  • Ondas R: R, R’ (lido como “erre linha”), R’’ (lido como “erre duas linhas”).
  • Ondas S: S, S’’ (lido como “esse linha”), S’’ (lido como “esse duas linhas”).

E mais um detalhe importante: caracterizando as letras como maiúsculas ou minúsculas, é possível dar uma ideia da morfologia da onda. Vamos ver os exemplos abaixo para entender melhor:

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Figura1: Padrão qRs, evidenciando ondas q e s pequenas, com o predomínio da onda R no complexo.

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Figura 2: Padrão rSr’, visto no atraso final de condução tipo 3 – a maior onda é a onda S, e por isso é escrita em maiúsculo.

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Figura 3: Padrão RS: veja como as ondas R e S possuem grandes e semelhantes amplitudes;

 

Desse modo, exemplificamos abaixo a nomenclatura de diversos tipos de complexo QRS:

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Figura 4: Diversos tipos de QRS e suas nomenclaturas.

Então é isso, pessoal. A partir de agora, você será capaz de se referir a um tipo de morfologia de QRS utilizando a nomenclatura exibida nesta aula, sem precisar desenhá-la para se fazer entendido. E pra quê você deveria saber disso? Pratique sempre, pois muitas regras dentro da eletrocardiologia requerem esse conhecimento inicial. Você se lembra da aula de definição de topografia do infarto? – clique aqui para saber mais. É um ótimo exemplo, não é?  Até mais.

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